O decote tomara que caia é extremamente feminino, sensual e atraente. Na história da moda, os vestidos tomara- que-caia são verdadeiros ícones. Os modelos com barbatanas realçavam o busto com cinta para diminuir a cintura (caracterizando a cintura de “vespa”). Eles sinalizavam uma sensualidade característica das várias mulheres da época que idealizavam um casamento perfeito junto ao “príncipe do cavalo branco”.
No inverno 2022, os vestidos tomara- que-caia prometem ser os grandes destaques da estação vindoura. A modelagem que valoriza o colo e as formas esculturais femininas fez sucesso nos desfiles do SPFW.
As inspirações orientais foi o cenário que André Lima utilizou para compor sua coleção Inverno 2022. A sensualidade própria do ser feminino foi belamente delineada pelos vestidos tomara- que-caia volumosos e delicados. A abundância de tules plissados encantou e conferiu glamour digno de uma diva de romance à “mulher André Lima”.
O romantismo foi palco para os vestidos tomara- que-caia de Samuel Cirnansck. O estilista criou uma coleção inspirada na Rússia. As peças eram fluídas, cheias de frescor. Tecidos como tafetá, seda e renda chantilly conferiram ainda mais elegância aos vestidos tomara-que-caia.
Na Iódice, os vestidos tomara- que-caia vieram com ares futuristas e uma pitada de anos 80. O estilista da marca, Valdemar se inspirou no filme Blade Runner e trouxe para a vez da moda o busto bem marcado , semelhante ao do famoso corpete de Madonna, contudo, mais bucólico e discreto. A mulher que veste os vestidos da Iódice é marcante, determinada, sensual e cheia de atitude.
Agora, se essa tendência já havia sido sinalizada no SPFW Inverno 2022, com a premiação do Oscar a vertente se confirmou, afinal, nada menos que 16 atrizes vestiram o decote. Na ocasião, apareceram decotes variados: desde o geométrico, de Elie Saab de Angelina Jolie; aos drapeados, como o de Natalie Portman.
Algumas dicas sobre o vestido tomara- que-caia
- Tecido: Deve ter elastano para ficar aderente. Cetim e tricoline são boas opções e a malha pede entretela para sustentar os seios;
- Fechamento: Pode ser feito com elástico, amarrações, botões e zíperes nas costas ou na costura lateral;
- Modelagem: Até a altura das axilas, sem alças. O busto que varia do reto ao em formato de coração, é estruturado. O corpo pode ser justo ou amplo;
- Estrutura: Para dar sustentação à peça é aconselhável o uso de barbatanas. O modelo tipo coração pede a aplicação de bojos dê sutiã;
- Os vestidos tomara-que-caia são excelentes para qualquer ocasião, podem vir acompanhados de jóias e acessórios;
- Podem ser usados com cintinhos para delinear a cintura, tendência para o inverno 2022 que foi confirmada pelas atrizes Sarah Jessica Parker, Marion Cottilard e Miley Cyrus no Oscar.
- Mulheres com seios fartos devem usar modelos com estrutura por dentro para sustentar o decote com naturalidade.
Origem do vestido tomara- que-caia
O tamara- que-caia nasceu em 1946, em um modelo de cetim, criado por Jean Louis, para a atriz Rita Hayworth usá-lo no filme Gilda (veja vídeo abaixo). A cena onde ela canta 'Put The Blame On Mame' usando vestido tomara-que-caia e luvas compridas é memorável e o modelo foi reinterpretado em diversos filmes posteriores e até na comédia de desenho animado 'Uma Cilada Para Roger Rabbit', com a personagem Jéssica Rabbit. Contudo alguns afirmam que o decote já havia se pronunciado como uma variação dos corseletes do século XV.
Já em 1950, Balenciaga criou um modelo que é ícone de moda até hoje: decote com corpo justo e saia rodada.
A principal característica do tomara- que-caia estruturado com barbatanas é o afinamento da cintura e a valorização do colo. Em virtude disso, ele é o queridinho das atrizes de cinema em noites de gala e das noivas.
Prof. Marilyne Runolfsson Redação